A Companhia Docas do
Estado de São Paulo (Codesp), responsável pela área, afirma que se trata de um
vazamento de ácido dicloro isocianúrico de sódio, nome comercial do composto
dicloroisocianurato de sódio (C3 O3 N3 NACL2). Pouco antes, os bombeiros chegaram
a afirmar que a substância que vazou tinha características de amônia, mas a
informação não se confirmou.
Um incêndio ocorrido
posteriormente atingiu outros contêineres e a área foi isolada. No início da
manhã desta sexta-feira, os bombeiros informaram que entre 20 a 25 contêineres
foram atingidos pelas chamas. O trabalho está sendo feito por várias equipes
que se dividem para resfriar o conjunto de contêineres e também atuam no
combate individual em cada um deles. Os bombeiros utilizam 23 viaturas, um
navio e um rebocador para captar a água do mar no combate ao incêndio Vária
áreas do complexo portuário precisaram ser evacuadas. A fumaça rapidamente se
espalhou pela cidade de Guarujá e as fotos registradas por moradores mostravam
a Avenida Santos Dummont, a principal do município, coberta por uma névoa. Por
volta das 22h, a fumaça já tinha se espalhado pelas cidades de Guarujá, Santos
e São Vicente e invadiu várias casas ocasionando problemas respiratórios nos moradores.
A fumaça também invadiu o
Pronto Socorro de Vicente de Carvalho. Os pacientes que estavam internados
foram transferidos, juntamente com as equipes e ambulâncias, para a UPA Boa
Esperança, na Rua Álvaro Leão de Carmelo, onde a Secretaria de Saúde de Guarujá
afirmou que os pacientes terão tratamento especializado. As pessoas atendidas
apresentaram ardência nos olhos ou mal-estar ocasionado pela fumaça. Apesar do
transtorno, as vítimas não correm risco de morte. Segundo Flavio Zambrone,
médico toxicologista e professor aposentado da Unicamp, "esse produto é
extremamente tóxico". Ele produz irritações de pele e de olhos e, caso
seja inalado, causa irritação também nos pulmões. "É um produto à base de
cloro. Ele é estável, mas tem alto teor de cloro, que se dissolve na água. Por
isso, outro problema será a questão ambiental que virá depois". Segundo o
professor, o produto é usado na maioria das vezes em desinfecção de água, mas
em grandes quantidades passa a ser tóxico. Cerca de mais 300 pessoas passaram mal
muitas delas foram atendidas nos postos de atendimentos médicos da região ainda
não se sabe direito o numero exato de pessoas que acabaram inalando a fumaça tóxica mas tudo leva a crer que o
numero é muito grande é que as informações nesses casos de acidentes dessa
natureza chegam sempre desencontradas e nunca se tem uma apuração precisa .