Por Chico Pimentão
Numa comunidade,onde imperava a miséria e a pobreza,moravam sete irmãos juntamente com os pais, um casal de trabalhadores que
cumpriam as obrigações no trabalho para trazer o pão de cada dia,
enquanto suas crianças ficavam em casa aos cuidados da filha mais
velha. Um dia a mãe estava na cozinha preparando a comida, quando de
repente, os meninos entraram muito exaltados, aos gritos: mãe o
vizinho encontrou um cachorro na rua e quer dar pra nós, mãe deixa
a gente ficar com ele, nós vamos criá-lo. Os pais pensando no pouco
divertimento dos filhos acabaram consentindo e as crianças ficaram
com o cão. Este animal, cresceu, ficou forte, bonito, e, sobretudo,
amigo. Era preto aveludado, com uma parte branca no peito e as
orelhas caídas nas pontas. Ele era muito inteligente, era
considerado um membro da família e ocupava um espaço especial
dentro da casa. Eterno e vigilante, o cão cuidava da casa e todos os
dias acompanhava seus donos até o ponto do ônibus.Aguardava a volta
de todos até o último chegar em casa. Alimentava-se de leite que um
amigo leiteiro lhe dava quando fazia a ronda de rotina no bairro. O
bom cão era querido e respeitado por toda comunidade, tinha uma
conduta exemplar, por isso tornou-se uma personalidade no lugar.
Abanava o rabo coto, quando via os vizinhos, não avançava na comida
alheia e fazia festa com os mais chegados. Na verdade era um fiel
amigo, sempre pronto para defender seus donos. Comparando este animal
com o homem, aquele cão dava uma lição de amizade, amor e
fidelidade. Até que um dia, o cãozinho já cansado pela sua idade
avançada, foi ferido mortalmente e sem condições de recurso,
faleceu. Ele se foi, mas sua lembrança marcou o coração de muitos.
Todos puderam ver quanto um animal é capaz de fazer e proteger,
ajudar, amar e ensinar. Esta história mostra que Deus pela sua
infinita misericórdia ensina até através dos animais, assim como
falou a Balão através de um jumento, é como diz o velho ditado,
mais vale um cachorro amigo, que um amigo cachorro.