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domingo, 5 de agosto de 2012

Mas vale um cachorro amigo que um amigo cachorro



                             Crônica do Butantã 
                                                                             Por Chico Pimentão

          Numa comunidade,onde imperava a miséria e a pobreza,moravam sete irmãos juntamente com os pais, um casal de trabalhadores que cumpriam as obrigações no trabalho para trazer o pão de cada dia, enquanto suas crianças ficavam em casa aos cuidados da filha mais velha. Um dia a mãe estava na cozinha preparando a comida, quando de repente, os meninos entraram muito exaltados, aos gritos: mãe o vizinho encontrou um cachorro na rua e quer dar pra nós, mãe deixa a gente ficar com ele, nós vamos criá-lo. Os pais pensando no pouco divertimento dos filhos acabaram consentindo e as crianças ficaram com o cão. Este animal, cresceu, ficou forte, bonito, e, sobretudo, amigo. Era preto aveludado, com uma parte branca no peito e as orelhas caídas nas pontas. Ele era muito inteligente, era considerado um membro da família e ocupava um espaço especial dentro da casa. Eterno e vigilante, o cão cuidava da casa e todos os dias acompanhava seus donos até o ponto do ônibus.Aguardava a volta de todos até o último chegar em casa. Alimentava-se de leite que um amigo leiteiro lhe dava quando fazia a ronda de rotina no bairro. O bom cão era querido e respeitado por toda comunidade, tinha uma conduta exemplar, por isso tornou-se uma personalidade no lugar. Abanava o rabo coto, quando via os vizinhos, não avançava na comida alheia e fazia festa com os mais chegados. Na verdade era um fiel amigo, sempre pronto para defender seus donos. Comparando este animal com o homem, aquele cão dava uma lição de amizade, amor e fidelidade. Até que um dia, o cãozinho já cansado pela sua idade avançada, foi ferido mortalmente e sem condições de recurso, faleceu. Ele se foi, mas sua lembrança marcou o coração de muitos. Todos puderam ver quanto um animal é capaz de fazer e proteger, ajudar, amar e ensinar. Esta história mostra que Deus pela sua infinita misericórdia ensina até através dos animais, assim como falou a Balão através de um jumento, é como diz o velho ditado, mais vale um cachorro amigo, que  um amigo cachorro.